terça-feira, 13 de março de 2012

PERSONIFICAÇÃO HUMANA DE DEUS

Quando crianças quase sempre somos obrigados a aceitar tudo sem poder questionar. Pronto, engolimos. Tudo bem somos crianças, não temos idéia de limites, isso é bom para termos noção de onde podemos ir. Porém entramos em uma fase que nosso intelecto começa a se desenvolver e nada mais era como antes não basta dizer não, tem que haver uma justificativa. É a partir desse momento que surgem frustrações com referência a muitas “verdades” até então absolutas, ou seja, mesmo não querendo pensamentos passam por nossas mentes. Um deles, o mais intrigante, seria de quem é Deus em nossas vidas.
Partindo do principio que os pais educaram seus filhos do modo apresentado, eles não discernem que os filhos já raciocinam e continuam a fazer com que eles tenham a mesma educação da velha infância. No momento em que estes se encontram em apuros tais filhos não conseguem enxergar quem Deus é. Na cabeça desses jovens, Deus é um ser mesquinho que está ali vigiando esperando errarmos pra nós dar uma chicotada celestial. Ficamos com medo de às vezes questionarmos Deus, pois se Ele é assim imaginem se nos atrevermos questioná-lo. Eu afirmo: Perdemos a oportunidade de conhecermos e de saber quem Ele é.
Muitas religiões ensinam seus seguidores a ter essa imagem de Deus, usam às vezes de forma errada alguns trechos bíblicos para justificar tal posicionamento. Um clássico é a personagem do livro de Jó, colocado como um ser que passou por tribulações na vida e não questionou. Mas se analisarmos um momento, que não se leva em consideração muitas vezes, veremos Jó em dialogo puramente de questionamentos. O mais interessante de tudo é que Deus, o ser inquestionável para muitos, vira para Jó e o responde é nesse momento que Jó conhece Deus por relacionamento com ele a ponto de afirmar logo em seguida que antes o conhecia de ouvir falar e que depois daquela conversa o conhecia porque o sentiu, o viu na sua vida, se relacionou com Ele.
Na minha concepção Deus é muito mais do que nos fizeram acreditar, muitas vezes damos a Deus uma característica pessoal, na verdade o Deus que nós acreditamos é aquele ser parecido conosco. No caso das religiões Deus é aquele segundo as concepções doutrinarias do clã. Mas Deus não cabe em nossa concepção humana. Quando vejo Deus dando prova do seu amor, espanto-me de quem Ele realmente é. Vamos refletir sobre o básico que todas as religiões dizem sobre Deus. Ele é Onisciente, Onipresente e por fim Onipotente, são os atributos básicos que fazem de Deus Ele mesmo. Pois bem atentaremos para o ser Onisciente, ou seja, saber de tudo. Porém esse mesmo ser que sabe de tudo, por amor a nós abre mão de um dos seus atributos para esquecer todos os nossos pecados quando nos arrependemos, puramente por amor a nós. Isso é ser Deus.
Na criação do homem ele o faz a sua imagem e semelhança no que diz respeito ao caráter Dele. Uma das características de Deus é amar a todos nós, coloquemos nessa conta os seres mais perversos da Terra. Perdemos isso. E Deus tenta buscar isso de novo nos homens dizendo-nos para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos e vai além, devemos também amar nossos inimigos (lembra dos seres mais perversos da Terra? Eles entram agora). Até agora confiamos plenamente que Deus lança nossos pecados no mar do esquecimento. Reafirmo os nossos. Pois quando o ser mais perverso pratica o mal não vemos isso. Afirmo porque Deus é um fruto da nossa imaginação humana, Ele não é o que realmente de fato é. Para nós Ele é eu e você com poderes de destruição em massa, uma personificação humana puramente. Por isso talvez nunca alcancemos novamente o caráter de Deus porque ainda não o conhecemos como Deus, como fez Jó. Enquanto não nos amarmos incondicionalmente como Ele faz conosco. Desse modo continuaremos a ver Deus como na velha infância.
 Poderia escrever muito mais sobre Deus, puxei pontos mais cotidianos, coisas que Ele nos pediu para que fizéssemos por ser do caráter Dele e não conseguimos. Por isso ficaremos presos aos nãos sem explicação de nossos pais quando crianças, com pensamentos raquíticos sobre o ETERNO porque nunca o questionamos como fez Jó para que logo em seguida afirmássemos com toda convicção como ele fez. Assim teríamos certeza, não teríamos medo de Deus porque o conheceríamos, não haveria legalidade pois legalidade é fruto da dureza dos nossos corações não da consciência de Deus. Que O ETERNO NOS DÊ A PAZ! 

2 comentários:

  1. Infelizmente ainda não sabemos nos relacionar com Deus fora dos padrões que a religião nos impôs, na verdade costumamos fazer orações repetitivas e maçantes, esquecendo que orar a Deus é simplesmente dialogar e não monologar, pois conversamos com ele sabendo que nos ouvirá. Mas geralmente tornamos o ETERNO como um deus grego ou romano que por nossos pecados levanta do seu trono em ira e nós mortais buscamos algo que possa apaziguar um deus em fúria. Sempre digo que o Senhor abras nosso olhos e tenha misericórdia de nós.
    Diego Santos.

    ResponderExcluir
  2. Realmente, muitos se prendem a orações decoradas e a textos e se esquecem que é só dialogar com Deus, é só clamar, que Ele ira nos ouvir, não tem o que temer, basta crer.
    Jackeline Pereira.

    ResponderExcluir